12/13/2022

CXXX- Chefia e Liderança para Detetive Particular










Este Material é da Apostila:
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
DO CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS.  

Agradecimentos ao Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças.

A CHEFIA E LIDERANÇA 

 Um grupo, sem alguém que o conduza torna-se fonte de anarquia, de desunião e dificilmente chegará a qualquer lugar ou concluirá com êxito qualquer trabalho. Sem um chefe, o grupo é um corpo sem cabeça, que independente da boa vontade de cada integrante, cujo esforço, inclusive poderá ser oposto ao de outrem, queima esforços desnecessariamente, esforços que poderiam ser empregados proveitosamente em benefício do conjunto, bastando que alguém do grupo adotasse a iniciativa de coordenar o empenho comum na direção desejada. É evidente que, quanto maior o desafio no grupo, quanto mais específico for, maiores serão as exigências para os componentes do grupo e, portanto maiores e melhores qualificações serão requeridas do seu chefe. 

Quando abordamos a figura do chefe, como sendo aquele que deve interpretar, defender e realizar uma tarefa, à frente de um grupo, devemos entender sobre a “autoridade” daquele que é o portador do direito de exercer um papel proeminente na condução do seu grupo. Contudo, se o exercício coloca em destaque, tal honra é acompanhada pelo ônus da responsabilidade, o que exige da autoridade um nível de compreensão quanto aos seus direitos e deveres. 

O exercício da chefia é uma prerrogativa de um cargo, muitas vezes independe da capacidade de seu detentor, visto que o direito de comandar é um mandato recebido legalmente. Porém, é claro que um chefe não cumprirá bem o seu papel, a não ser que desenvolva em si próprio, as qualidades que o tornará um indivíduo digno do seu título; que o tornará um líder. 

Em resumo, CHEFIARÉ simplesmente, fazer um grupo funcionar para que sejam atingidos determinados objetivos. Enquanto, que liderar, é mais do que isso, é a habilidade de exercer influência e ser influenciado pelo grupo, através de um 2 processo de relações interpessoais adequadas para a consecução de um ou mais objetivos comuns a todos os participantes”. 

Liderar é engajar-se em um ato que inicia uma estrutura nas interações como parte do processo de solucionar um problema mútuo. 

Poder e Autoridade segundo Max Weber: PODER: “É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer”. AUTORIDADE: “É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal”. 

CONCEITOS DE LIDERANÇA: 

A palavra líder veio do antigo germânico lad, “caminho”. Um ladan, ou “líder”, era “aquele que mostrava o caminho”. Era o guia, que conduzia caminhantes de um povoado a outro. Sua principal responsabilidade, durante a caminhada, era “cuidar de todos e de cada um”.

Liderança é o processo pelo qual se motiva e ajuda a trabalhar os outros, com entusiasmo para atingir seus objetivos. “É o fator humano que ajuda um grupo a identificar o caminho a seguir, motivando-o para alcançar suas metas”. (DAVIS e NETSON, 1991); 

A Liderança Militar é a arte de influir nos soldados para que cumpram missões designadas às suas unidades (Military Review, 1993); 

A Liderança em todos os níveis é a base do treinamento realista e agressivo, na qual resulta numa equipe com alto grau de disposição que estimula os soldados a trabalharem sob circunstâncias difíceis e de perigo para vencer os adversários. (King, 1993); 

Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. (James Hunter, 2004).  

ESTILOS DE LIDERANÇA:

Líderes Ressonantes

O líder ressonante é empático e expressa esse sentimento ao grupo. Esse tipo de ressonância reforça a sincronia da equipe fazendo com que as pessoas sintam-se compreendidas (valorizadas) e compromissadas com suas atividades profissionais compartilhando idéias, aprendendo uns com os outros, tomando decisões de maneira colaborativa.

Exemplos de líderes ressonantes:

  • Visionário
  • Conselheiro
  • Agregador
  • Empreendedor
  • Democrático
  • Carismático
  • Servidor


Líderes Dissonantes

O líder dissonante não só é desprovido de empatia, como não transmite confiança nos atos e nas palavras que professa, visa benefício próprio e não coletivo. Pode parecer eficaz em curto prazo, mas suas atitudes desmentem seu aparente sucesso. Esse líder ressoa exclusivamente o lado negativo do aspecto emocional, estimulando o lado negativo do conflito e, mais cedo ou mais tarde acaba por contagiar e exaurir as pessoas, gerando conflitos não gerenciáveis. Um exemplo de líderes dissonantes são os chefes com os quais todos têm horror de trabalhar e resistem em trocar idéias ou “despachar” o expediente.

Exemplos de líderes dissonantes:

  • Agressivo
  • Despótico
  • Autocrático
  • Arrogante

O líder deve preocupar-se com aquilo que faz e o que diz, pois terá forte impacto sobre seus subordinados.

FUNÇÕES DA LIDERANÇA

"A função básica dos líderes consiste em imprimir em seus liderados um sentimento positivo. Isso acontece quando o líder cria ressonância - um reservatório de positividade que liberta o melhor que há em cada um. Em sua essência, pois, a missão básica da liderança é de cunho emocional". Daniel Goleman.

O poder da Inteligência Emocional é a experiência de liderar com sensibilidade e eficácia. Ao longo da história e em diferentes culturas, o líder de qualquer agrupamento humano sempre foi aquele a quem os demais recorrem em busca de conforto e clareza diante de incertezas, do perigo ou na realização de algum trabalho.

Na organização moderna, essa tarefa emocional continua sendo a principal das muitas funções da liderança; a competência relativa à inteligência emocional, ou seja, como os líderes lidam consigo próprio e com seus relacionamentos. Em conseqüência, uma das tarefas do líder na organização é canalizar as emoções do grupo numa direção positiva e fiel aos objetivos comuns de seus membros e retirar os nevoeiros produzidos pelas emoções tóxicas ocasionando ruídos na comunicação e desequilíbrio nas relações interpessoais. Se as pessoas forem impelidas para o lado do entusiasmo, o desempenho aumentará. Se forem incitadas ao rancor e à ansiedade extremada, perderão o rumo do 
desempenho produtivo.

A capacidade do líder de administrar conflitos e direcionar os sentimentos de modo a ajudar o grupo a cumprir suas metas depende de seu nível de equilíbrio emocional. "Os grandes líderes nos mobilizam. Inflamam nossa paixão e inspiram o melhor dentro de nós. Quando tentamos explicar a causa de tamanha eficácia, pensamos em estratégia, visão ou idéias poderosas. Na realidade, porém eles atuam em um nível mais fundamental: os grandes líderes agem por meio das emoções".

O líder tem a grande responsabilidade de motivar e estimular a equipe. Para isso, ele deve ter consciência da importância de uma comunicação eficaz, deve desenvolver sua capacidade de lidar com as adversidades, saber argumentar e ter boa estratégia de negociação.

QUALIDADES DE LIDERANÇA

Entusiasmo – Você consegue pensar em algum líder que não tenha entusiasmo? É difícil, não?
Integridade – Essa é a qualidade que faz com que as pessoas acreditem em você. E confiança é essencial em todos os relacionamentos humanos, sejam profissionais ou pessoais. Integridade significa tanto inteireza pessoal quanto à adesão a valores externos a você, principalmente bondade e sinceridade.
Imparcialidade – Líderes eficientes tratam indivíduos diferentemente, porém, de forma igualitária. Eles não têm favoritos. São imparciais ao darem recompensas ou penalidades pelo rendimento.
Firmeza – Muitas vezes os líderes são pessoas exigentes, sendo incômodo tê-los por perto pelo fato de seus padrões serem muito elevados. Eles são obstinados e persistentes. Líderes querem ser respeitados, mas não necessariamente populares.
Zelo – A insensibilidade não leva a bons líderes. A liderança envolve o coração, assim como a mente. Gostar do que você faz e importar-se com as pessoas é igualmente essencial.
Confiança – É essencial. As pessoas sentem a sua presença, e, portanto, o desenvolvimento de autoconfiança é sempre anterior ao exercício da liderança. Mas não se permita que a autoconfiança seja excessiva, atitude que é o primeiro passo para o caminho da arrogância.
Humildade – Uma qualidade própria dos grandes líderes. O oposto da humildade é a arrogância. Os sinais de um bom líder são o desejo de ouvir as pessoas e a ausência de egocentrismo.
 Podemos citar ainda entre ouras tantas qualidades o Comprometimento, Altruísmo, Abnegação , Bom ouvinte, Iniciativa, Ambição, Empatia, Maturidade, Sociabilidade, Bom senso, Conhecimento
OBS: Fundamentalmente o líder precisa gostar de PESSOAS. 


CONCEITO DE CHEFIA:

 É aquele que tem a tarefa de fazer funcionar o pessoal, ou de tomar deliberações e incorporá-los em ordens e instruções gerais específicas. Chefiar e assumir a responsabilidade pelo resultado final da atividade de várias pessoas que operam em conjunto.

TIPOS DE CHEFIA
Democrática ou persuasiva.
É aquela cuja autoridade emana do seu exemplo, da sua habilidade, da sua capacidade e se alicerça no elevado padrão de disciplina e eficiência, que exige de si e de seus subordinados.

Autoritária
É predominantemente despótica. É aquele que insiste na obediência cega com completa subordinação à sua vontade; qualquer crítica ou indagação lhe parecerá insolente e perigosa. Busca uma obediência imposta por não ter capacidade de discuti-la.

Liberal ou laissez-faire:
É aquele que se limita a fazer o que o grupo pretende. Em geral é uma pessoa muita insegura, que tem receio de assumir responsabilidades; não dá instrução nenhuma, cada um de seus subordinados faz o que quer, a confusão é completa. 

Carismática:
É o dom natural de liderar. O grupo funciona submisso às suas idéias.

Paternalista:
É o protetor, mas não é inspirador como o democrático. O grupo não desenvolve a livre iniciativa.

CHEFIA MILITAR:

 “É a arte de influenciar e conduzir homens a um determinado objetivo obtendo sua obediência, confiança, respeito e leal cooperação”.  
A chefia militar é em essência, o próprio exercício do comando.  
O objetivo é fazer da Corporação uma organização capaz de cumprir fielmente qualquer missão e em condições de agir convenientemente, mesmo na ausência de ordens.  
Comando é a autoridade que o militar exerce legalmente sobre seus subordinados, em virtude do posto, graduação ou função”. 

CHEFE: Tem a visão de que                                              
  1. Administra recursos humanos                                                          
  2. Tem todo o poder                                                                              
  3. Conflitos são aborrecimentos                                                          
  4. Crises são riscos                                                                               
  5. Pessoas trabalham por dinheiro                                        
  6. Tem subordinados                                                                            
  7. Manda                                                                                               
  8. Amedronta                                                                                        
  9. Diz: Vá!                                                                                           
  10. Baseia-se no poder                                                                          
  11. Procura culpado                                                                               
  12. Faz mistério                                                                                 
  13. Fiscaliza                                                                                        
  14. Promete e não cumpre                                                     
LÍDER: Tem a visão de que
  1. Lidera pessoas
  2. Tem competência
  3. Conflitos são lições
  4. Crises são oportunidades
  5. Pessoas também trabalham por dinheiro
  6. Tem parceiros
  7. Orienta
  8. Entusiasma
  9. Diz: Vamos!
  10. Baseia-se na cooperação
  11. Assume responsabilidade
  12. Comunica
  13. Acompanha
  14. Nunca promete o que não pode cumprir
LIDERANÇA E COMUNICAÇÃO

Comunicação é a capacidade de transmitir e expressar idéias, feedback, pensamentos, imagens, emoções e informações de modo a gerar no outro um motivo para a ação. Em geral, as pessoas dão maior importância à transmissão de idéias porque é através dela que informamos, ensinamos e pensamos. No entanto, a base para um bom relacionamento interpessoal está em saber comunicar emoções e sentimentos.
Cada vez mais a busca da excelência nas comunicações é um desafio para quem pretende atingir um alto nível de profissionalismo. Em um mundo competitivo, onde um bom marketing pessoal pode ser a senha para o sucesso, há necessidade da competência técnica, aliada às competências comportamentais e emocionais, que incluem relações interpessoais mais enriquecedoras e sustentáveis. Objetivo da mensagem: Se fazer entender.

A COMUNICAÇÃO EFICAZ FORTALECE O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E PORTANTO, FACILITA A ATUAÇÃO DO LÍDER

Para uma boa comunicação interpessoal, é necessário compreender alguns componentes críticos que distinguem claramente os bons dos maus comunicadores. São eles:

1- AUTO-IMAGEM OU AUTOCONCEITO

Um dos componentes mais importantes que afeta a comunicação entre as pessoas é a sua auto-imagem, ou seja, a imagem que tem de si mesma e das situações que vivenciam. Cada um tem um conceito de si mesmo: quem é, o que faz, o que representa, o que valoriza e no que acredita. E tem valores que através dos quais ele percebe, ouve, avalia e compreende todas as coisas. A auto-imagem é o seu filtro individual frente ao mundo que o cerca; e conseqüentemente afeta a maneira como este se comunica com os outros.

2- SABER OUVIR

O ato de ouvir, naturalmente é algo muito mais complicado do que se pensa. O ouvinte eficaz não só escuta as palavras em si, como também seus significados subjacentes. Ele é capaz de ouvir nas entrelinhas, ou seja, aquilo que não é dito por palavras, aquilo que se expressa silenciosamente. Ele interage com o interlocutor no sentido de desenvolver os significados e chegar à compreensão. Escutar, sabendo ouvir, é uma aptidão que mantém as relações interpessoais mais próximas.

3- CLAREZA DE EXPRESSÃO

Ouvir de forma eficaz é uma habilidade necessária e negligenciada na comunicação, porém muitas pessoas consideram igualmente difícil dizer aquilo que querem, pensam ou sentem. Freqüentemente as pessoas presumem simplesmente que o outro compreende a sua mensagem, mesmo que sejam descuidadas ou confusas em sua fala. Esta suposição é uma das maiores barreiras para a comunicação.

4- CAPACIDADE PARA LIDAR COM SENTIMENTOS DE CONTRARIEDADE

Normalmente as pessoas não têm capacidade para lidar com sentimentos de contrariedade, ocasionando grandes curtos-circuitos na comunicação. Evitam confrontos por temerem os conflitos nas relações interpessoais. Expor as emoções mesmo negativas não significa destruir relações.

5- TRANSPARÊNCIA

A capacidade de falar francamente a respeito de si mesmo é necessária à comunicação eficaz. Uma pessoa não pode ter boa comunicação com outra sem buscar a transparência nas comunicações. Este processo é recíproco. O comunicador eficaz é aquele que consegue criar um clima de confiança em que a abertura recíproca pode florescer. Confiança gera confiança. Se numa equipe de trabalho os sentimentos dos membros são claros e positivos (se existir simpatia, empatia e respeito mútuo, por exemplo), os relacionamentos tendem a ser produtivo, gerando participação, cooperação e envolvimento. No entanto, se os sentimentos forem negativos (se existir antipatia, rejeição, medo, insegurança, por exemplo) os relacionamentos tendem a ser improdutivos, gerando afastamento, rivalidade e agressão física e/ou verbal. Utilize as técnicas:

CCFF – Compreensão, correção, flexibilidade e franqueza;
• BBB – Bom humor, bom senso e boa vontade. 

ZIG-ZAG DA COMUNICAÇÃO = RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO 

  1. O que queria dizer                                                              O que ainda não foi dito
  2. O que foi dito                                                                       Ainda não foi ouvido
  3. O ouvido                                                                               Ainda não foi compreendido
  4. O compreendido                                                                  Ainda não foi aprovado
  5. O aprovado                                                                          Ainda não foi aplicado
  6. O aplicado                                                                           Ainda não foi continuado
Os ruídos na comunicação podem prejudicar o processo da comunicação e o relacionamento interpessoal. 

TIPOS DE COMUNICAÇÃO A LINGUAGEM CORPORAL;

 Até 90% do conteúdo de uma mensagem é transmitido através do corpo.
  •  Rugas na testa – atenção.
  •  Olhos permitem contato ou controle.
  •  Nariz – Superioridade ou Submissão.
 Canto da boca:

  •  - Levantado – Satisfação
  •  - Horizontal – Indiferença
  •  - Baixo – Insatisfação
Quanto mais próximo e mais aberto, mais chances de persuadir.  SABER OUVIR
A comunicação, em geral, consiste:
  •  45% Saber ouvir
  •  16% ler
  •  30% em falar
  •  9% em escrever
Outras questões importantes:
  •  Saber perguntar
  •  Saber persuadir

COMUNICAÇÃO VERBAL - Oral ou Escrita (através de palavras escritas ou faladas) 

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL - Expressão corporal e facial (através dos gestos e das atitudes, ou mesmo através do silêncio). A expressão corporal demonstra nitidamente as experiências vividas pelas pessoas, sejam pelo comportamento, gestos, posturas ou pelas alterações fisiológicas (suor, tremor, empalhecimento ou ruborização). A eficiência da comunicação passa pela coerência e harmonia entre o que está sendo dito e o gestual.

COMUNICAÇÃO EM EQUIPE - Nós somos do tamanho da comunicação que conseguimos estabelecer no meio em que atuamos. Ter a coragem para se comunicar é estar disponível ao contato social. O sucesso do funcionamento de uma equipe ou um grupo está diretamente ligado com a eficácia da comunicação entre seus membros. Não basta falar bem, utilizando corretamente as regras gramaticais. Há necessidade de muito mais! É preciso mobilizar nossos recursos internos e externos para facilitar a arte do diálogo, que não é um simples despejar de palavras, é ir ao encontro, é abster-se de julgamentos precipitados, dando chances para a troca democrática de idéias, propiciando um clima de confiança e bem estar, utilizando a empatia na busca do processo de sinergia. Ter consciência dessa imagem social faz parte da ação corajosa de quem busca uma comunicação plena.

A MOTIVAÇÃO HUMANA

CONCEITOS:

A importância da motivação e a compreensão do seu papel no comportamento humano podem ser estudadas através das diversas teorias e abordagens que se desenvolveram durante anos de estudos psicológicos. Em resumo, a motivação orienta e direciona o comportamento, é a força que atua por trás de nossas necessidades básicas - fome, sede e sexo, por exemplo. E também é a força que vai atuar por trás das nossas outras necessidades, as psicossociais. No início do século XX, por influência da teoria evolucionista de Charles Darwin, tornou-se comum classificar todos os tipos de comportamentos como instintivos. Desta forma, os estudiosos no assunto perceberam que esta teoria não explicava o comportamento humano, pelo contrário, os rotulava apenas. A Teoria dos Instintos nos revela que para se qualificar como instinto, um comportamento complexo deve ter um padrão fixo numa espécie e não ser adquirido. Essa definição poderia ser coerente para algumas espécies, mas não a espécie humana. O comportamento humano apresenta, na verdade, poucas características inatas porque a maioria das reações comportamentais do homem tem origem nos anseios psicológicos e, além disso, é adquirida durante sua vida.  Logo, compreendeu-se que a Teoria dos Instintos não pode explicar os motivos humanos que levam o homem a se comportar em seu meio ambiente. Uma vez derrubada essa teoria para explicar a motivação, uma outra teoria se fortalece e vem substituí-Ia – A Teoria da Redução dos Impulsos. Ela procura explicar a idéia de que a necessidade fisiológica cria um estado psicológico que impulsiona o organismo a reduzir a necessidade. É a busca da homeostase, ou seja, o equilíbrio do organismo. Por exemplo: Comendo ou bebendo saciaremos a fome ou a sede. Não somos apenas impulsionados a reduzir nossas necessidades internas, mas também a reagir aos incentivos externos que nos atraem ou repelem - estímulos positivos e negativos. Por exemplo: Quando se sente sede, esta necessidade fisiológica interior nos leva a procurar algo para beber, mas reagimos aos incentivos externos quando escolhemos, por exemplo, um refrigerante gostoso ou um suco, no lugar da água. Então, um impulso pode nos levar a reduzir nossas necessidades internas, energizando e orientando nosso comportamento. Também os incentivos externos funcionam como estímulos positivos ou negativos para este comportamento. No entanto, a teoria dos impulsos nos diz que alguns comportamentos motivados, em vez de reduzirem uma necessidade fisiológica ou atenuarem a tensão, aumentam a excitação. Com o excesso de estimulação, acabamos nos sentindo estressados e procuramos uma maneira de diminuir a excitação. Por exemplo: O Detetive faz o curso de aperfeiçoamento de Investigações Particulares para atender as necessidades e incentivos externos, com isso busca caminhos que através de estímulos o direciona ao crescimento na sua carreira - pelo dinheiro, pela segurança, pela auto-estima, pela realização pessoal e tantos outros motivos que possam estar presentes


Outras Referências Bibliográficas: 

  • CHIAVENATO, Idelberto , Introdução à Teoria Geral da Administração. 4ª Edição, SP, MAKRON BOOKS.1993. 
  • FARIA, Albino Nogueira de, Chefia e Liderança . RJ, LTC, 1982. 
  • ANTUNES, Celso. Manual de Técnicas de DG de Sensibilização de Ludopedagogia. RJ,12ª edição, Vozes, 1997. 
  • HUNTER, James. O monge e o Executivo, 3ª ed., SP, Sextante, 2004. 
  • COSTA, Eliana Porangaba. Técnicas de Dinâmica facilitando o trabalho com grupos. RJ, Ed Wak, 2002. 
  • GONÇALVES, Ana Maria e PERPÉTUO, Susan Chiocle. Dinâmica de grupo na formação de Lideranças. RJ, 8ª edição, DP&A, 2002. 
  • TATAGIBA, Maria Carmem e FILÁRTIGA, Virgínia, Vivendo e aprendendo com grupos. RJ, 2ª edição, DP&A, 2002. 
  • TUZ, Sun, A arte da Guerra. RJ/SP, Record, 24ª edição, 2001. 
  • PRINCÍPIOS DE CHEFIA, Manual de campanha básico do Ministério do Exército. RJ, 1ª edição, 1953. 
  • BIRCH, Paul, Coleção Instant – Liderança RJ. Quarlitymark Editora, 2003. 
  • FADIMAN, James e FRAGER, Robert, Teorias de Personalidade. SP, Harbra Editora, 1979. 
  • SENNA, Márcio Gomes – Cap BM QOC/93, Monografia do Curso Superior de Aperfeiçoamento de Bombeiro Militar – Chefia e Liderança um novo enfoque para o século XXI. RJ, 2003. 
  • AMERICAN, Scientific, Revista de Psicologia, psicanálise, Neurociências e Conhecimento viver mente e cérebro. SP, Duetto Editora, 2004.

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